Arquivo de maio, 2012

TERRA MÃE

Publicado: 26/05/2012 por Equipe em Poesia

Os percursos que fiz

Os que me forçaram fazer

Me trouxeram à você, outra vez

Tudo tentava arrancar de mim seus traços

Max, Weber, ferro

Adam Smith, formol

Platão, prancha

Mulheres brancas

Agora me lanço nos seus braços

Arranco raízes de pavor

A demonização de sua espiritualidade

Para ser eu mesmo

Não mas uma fração

Mas um continente

Imagem

Autor: Cizinho Afeeka

Presente poético da Nigéria!

Publicado: 25/05/2012 por Equipe em Poesia
Olá irmãs e irmãos!
É com muita alegria que apresentamos a vocês a primeira colaboração poética enviada para este blog.
Iniciamos hoje, a publicação de alguns poemas do irmão Oluwatosin Ayodeji Ayodele [foto]. Ele entrou em contato conosco via Facebook e a partir de hoje terá alguns de seus quase 500 poemas publicados também por aqui. Isso nos deixa imensamente contentes e na espera do recebimento de mais poemas. Nigeriano de Lagos, Ayodele descobriu o amor pela escrita aos 17 anos quando escreveu seus primeiros poemas. Hoje ele escreve o que será sua primeira novela (texto que faz uma mistura de ficção e realidade). Ademais ele é um artista de rap e esta trabalhando muito pra gravar seu primeiro mixtape. Estamos na torcida para que essa mixtape seja lançada em breve! E quem sabe poderemos ter uma apresentação em uma edição do nosso encontro né? Tomara que possamos conhecer em breve! Feitas as apresentações,  então vamos à leitura!

Benção de Deuses

Natureza nunca desobedece ao turbilhão
a beleza devera ser um auto-educação
quem é o semente pra desafiar o ceu?
as frutas cresce em mùltiplas, e com fé
Gotas da chuva são, milagres das nuvens
a lavagem de mente e a alma por bem
filha botar sua língua pro ar pra benção
para você não precisar deles do seu rosto
cada passo que meu santo me livra de mal
a relva me traz uma lembrança brava de cão.
verde são as memorias desta estrada curto
eu rendo-me para providência do meu futuro
Este relva, são curas para,revés que, vida trouxe
filho bebe que, voce não chorarei de o que foste
bela são os deuses de quatro canto de mundo
ouviram nossos gritos melancolicos mais profundos.
Autor: Oluwatosin Ayodeji Ayodele  | copyrights@2011 ISBN Lagos Nigeria..

Recadinho!

Publicado: 23/05/2012 por Equipe em Curtinhas


Irmãs e irmãos!
Estamos preparando um post mais e mais novidades para vocês. Textos sobre o Griotagem de maio e tantas outras coisas mais que marcaram o terceiro encontro do ano e tantos outros importantes acontecimentos do mês.
Até já!

Começam amanhã, 23/05/2012, as aulas simultâneas de dança e percussão com a Irmã Mayra Mzuri e o Irmão Marcos Odara.

Leve uma Irmã ou Irmão para as aulas de dança e diminua o preço da sua mensalidade.  Rainhas, levem suas saias para dançar. Reis, levem seus instrumentos para tocar, caso os tenham, e também são bem-vindos na dança.

Sua primeira aula é grátis!

Vale à pena conferir!

Enquete no ar!!

Publicado: 22/05/2012 por Equipe em Curtinhas, Poesia

Escolha qual é o melhor nome para o poema postado aqui!
Contamos com a sua sensibilidade e colaboração.

Um Poema Coletivo? Sim!

Publicado: 22/05/2012 por Equipe em Poesia

Art & Design by Brianna McCarthy

Mas quando pensamos em poesia, logo uma imagem nos vem a mente. Uma pessoa sentada escrevendo sozinha, certo? Bom, isso é o que ocorre na maioria dos casos, mas em nosso encontro resolvemos fazer diferente. O sentimento, as ações aqui são por nós e para nós.  E com o intuito de estimular a criação de poemas fizemos essa elaboração coletiva, em comunidade, em família. Quer coisa melhor? Achamos que não há! Na ocasião sugiram as duas sugestões  para o nome do poema que são: “Negras e Negros de Pé” ou “O Primeiro Grito”.  Para a escolha do nome, faremos uma enquete por aqui, para elegermos o nome mais adequado para o poema. Deste modo, para que sintam a poesia e qual o melhor nome eis o poema de elaboração coletiva criado por todos que participaram do Griotagem no dia 18 de maio de 2012. Esse é o primeiro de muitos que aparecerão por aqui…

Estou carente e amando
E mesmo assim não me curvo e sigo buscando, crescendo, gingando
Fincando os pés em África, eu me curo
Esse horizonte não está em segundo plano
Nós por nós
Meu resgate
Eu e Eu querendo embate
E juntos, nos fortalecer, juntos de volta ao epicentro da Terra
Eu e Eu caminhando pela vida a fora
Poder para o povo preto!
Vamos nos unir irmãos!
Porque a liberdade, já é nossa, livres nascemos, livres vivemos e viveremos
A vida, a paz, Terra e liberdade junto contigo rainha Afrikana
Serei rei de verdade
Eu tenho amor ao próximo
E no ventre, carregando a semente fecundada
Nasceu nosso desejo de união fortalecendo os Quilombos da nação
Eu sou um homem africano
Eu sou Odé, mais um africano, prisioneiro político nesta masmorra chamada Brasil
Eu estava escondido, guardado, as vezes com medo, mas minha força me empurra a sair e me mostrar
Sou, estou e serei Negro de Fé, com Fé e de Pé.

Quem esteve na Sala Abdias do Nascimento na UERJ notou que algumas novidades marcaram o Griotagem do mês de abril. A nossa série de Encontros Poéticos ganhou novos elementos ainda mais enriquecedores na sua programação. A primeira grande novidade foi a ampliação do horário do evento, que inicou com as oficinas simultâneas de Dança e Percussão ministrados por Mayra Mzuri e Marcos Odara.

Aqueles que chegaram mais cedo já chegavam pegando algum instrumento ou se juntavam ao “corpo de baile” do Griotagem, afinal, segundo provérbio do Zimbábue “se você pode andar, você pode dançar.” O Ao som  do Djembê e demais instrumentos percussivos e dançando o Sabar e outras danças o Oeste Africano,  irmãs e irmãos puderam fortalecer e renovar seus vínculos com a ancestralidade através da música e dança. Esta atividade deu tão certo que logo entrou para a programação do encontro no mês subsequente.

Na sequência houve o lançamento oficial deste blog que você lê agora. Sim! Na ocasião, a irmã Kemla Baptista fez uma breve apresentação do |www.griotagem.wordpress.com| que foi criado por ela com o apoio de todas e todos aqueles que ajudaram a realizar o Griotagem ao longo desses dois anos de existência.

Outro momento que entra para a “lista de novidades” do Griotagem, foi a presença das crianças. E essa adorável presença não se deu por acaso. Com a apresentação de uma das chamadas “Histórias de Aranha” que contam como homens ou animais pequenos e frágeis superam outros pela inteligência, vimos nos olhos de crianças de todas as idades (nós dissemos, todas as idades mesmo!)  o encantamento pelas peripércias de Kwaku Ananse, o “homem aranha” para vencer os desafios do Deus do Céu lhe apresentou para vender toas as histórias da terra que estavam sob seu domínio.  Em “O Baú das Histórias”, Kemla Baptista se vale de recursos do teatro de animação (bonecos e objetos) para contar como Ananse conseguiu vencer os desafios para espalhar as histórias pela terra.

Dando continuidade irmãs e irmãos se revezaram na declamação de poemas autorais e também poemas já publicados.  Encerramos a noite de celebração com um delicioso jantar vegano feito com muito amor pelo irmão Hugo (nosso Alquimista de aromas e sabores) e com o a força do som e da mensagem de Os Poéticos Antiéticos. Poesia das ruas, o Rap deu o tom no Griotagem de Abril. Foi um encontro bastante intenso sim, cheio de boas novas sim! Com direito a batalha do passinho e tudo!
Quer ver ou rever o que aconteceu?

Assista>>


Identidade Visual e Design: Alessandro
Fotos: Mariane Rocha e Cizinho Afreeka
Vídeo: Juliana Baraúna